Como se tem falado muito da visita do papa Bento XVI ao continente africano e do que ele falou sobre os preservativos, apeteceu-me deixar aqui a minha opinião sobre este assunto.
Como católica, as declarações de sua santidade entristeceram-me e penso que à maioria da igreja e comunidades do mundo inteiro. Penso que é um desrespeito a quem trabalha afincadamente (e muitos fazem-no voluntariamente) para alertar para a necessidade de utilizarem os métodos contraceptivos, bem como a quem convive diariamente com o flagelo das doenças sexualmente transmissíveis, que alastram nesse continente.
Possivelmente sua santidade não analisou, pormenorizadamente, o "Relatório sobre a Epidemia Mundial do HIV/SIDA - 2008", caso contrário teria percebido que o continente africano continua a ser o mais afectado pelo vírus da Sida. A ONU revela ainda que existiam 400 mil órfãos de sida até aos 17 anos em Moçambique, enquanto em 2001 esse número era de 120 mil.
Se a sua posição é que "não se pode resolver o problema da sida com a distribuição de preservativos, pelo contrário, a sua utilização agrava o problema" qual será a sua solução para a (urgentíssima) diminuição da taxa de natalidade no continente africano? Estará sua santidade plenamente consciente das suas faculdades mentais, ou estarão em défice? Qual será o mundo em que ele vive?
Célia Melo, TT03/09
Como católica, as declarações de sua santidade entristeceram-me e penso que à maioria da igreja e comunidades do mundo inteiro. Penso que é um desrespeito a quem trabalha afincadamente (e muitos fazem-no voluntariamente) para alertar para a necessidade de utilizarem os métodos contraceptivos, bem como a quem convive diariamente com o flagelo das doenças sexualmente transmissíveis, que alastram nesse continente.
Possivelmente sua santidade não analisou, pormenorizadamente, o "Relatório sobre a Epidemia Mundial do HIV/SIDA - 2008", caso contrário teria percebido que o continente africano continua a ser o mais afectado pelo vírus da Sida. A ONU revela ainda que existiam 400 mil órfãos de sida até aos 17 anos em Moçambique, enquanto em 2001 esse número era de 120 mil.
Se a sua posição é que "não se pode resolver o problema da sida com a distribuição de preservativos, pelo contrário, a sua utilização agrava o problema" qual será a sua solução para a (urgentíssima) diminuição da taxa de natalidade no continente africano? Estará sua santidade plenamente consciente das suas faculdades mentais, ou estarão em défice? Qual será o mundo em que ele vive?
Célia Melo, TT03/09