quinta-feira, 28 de maio de 2009

UM DOMINGO BEM PASSADO

Em conversa com um amigo de infância da minha aldeia, denominada Matas, freguesia e concelho de Lourinhã, sobre os mais diversos assuntos de tempos idos, começando nas tropelias da escola primária até à adolescência, abordando, como não poderia deixar de ser, os episódios da nossa passagem pela guerra do Ultramar.
 Ele, Fusileiro Especial, percorreu quase todos os rios e riachos da zona Norte da ex-província de Angola, relatados alguns episódios mais acérrimos com o lado oposto e como se tal não chegasse, ainda teve que lutar com os inúmeros "Amigos crocodilos" que espreitavam o mínimo descuido de quem invadia o seu território!
Remexendo um pouco mais fundo do meu "Baú", também relembrei alguns episódios do Rânger - Operações Especiais, levados a efeito numa outra ex-província - Guiné, mais pequena em território, mas... grande em episódios de "guerra", dado a sua configuração e proximidade de outros países que também contribuíam e ajudavam à "festa"!
Bom, com esta conversa sobre a ocupação de quase 4 dos nossos melhores anos de juventude, surgiu-nos uma ideia brilhante:-relembrar os "companheiros" da n/ aldeia que prestaram serviço militar no Ultramar!
Iniciamos a lista de nomes, com muita surpresa, apercebemo-nos que esta já se alongava para além de uma folha A4.
Marcamos um 1.º  encontro, para reunirmos nomes e contactos dos que se encontravam mais longe e nomeada uma comissão de 3 elementos para preparar e realizar o 2.º encontro, desta vez com um almoço para os visados e familiares.
 Assim aconteceu no passado Domingo, dia 24, onde compareceram umas dezenas de pessoas na Associação local, após um belíssimo almoço, fizemos uma exposição das "recordações da guerra", com fotos, fardas, galhardetes, louvores e literatura sobre a matéria, bem assim como um esboço para construirmos um "Memorial dos ex-combatentes do Ultramar", aprovado pelos presentes, tendo como objectivo, ficar bem patente no mesmo, os 38 combatentes, distribuidos pelas 3 ex-províncias do Ultramar, que por incrível pareça, TODOS regressaram com vida à sua terra Natal! 
Assim se possou um belo dia de Domingo em salutar convívio, mui familiar, ultimado com um gostosíssimo chá de plantas verdes, que acompanhou as "Velhós" tão doces, macias e quentinhas, planeando novo encontro para tornar mais próxima a realização do MEMORIAL, a ser implantado bem no centro da aldeia, para que os filhos dos nossos filhos se possam orgulhar dos "Soldados conhecidos"!

João Augusto
ST-02/2009
REFLEXÃO SOBRE EVOLUÇÃO E PANDEMIAS.

Ao longo da história, as epidemias provocaram mais mortes do que todas as guerras. Entre os séc. XIV e XVIII ocorreram nada menos que 10 pandemias provocadas pelo vírus influenza e em 1918/19 a gripe matou cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.
Descobriram-se medicamentos para combater os vírus e a seguir, estes sofrem mutações e tornam-se resistentes aos medicamentos existentes como o HIV, para cujo vírus ainda não se conhece resposta.
Apareceram recentemente o H5N1 e agora o H1N1 e não se sabe quantos mais virão!
Já pensaram que o homem, apesar de ter evoluído e ter ao seu dispôr novas tecnologias e o avanço da medicina que lhes permitem mais rápidamente detectar, prevenir e antecipar a propagação das doenças, continua tão vulnerável quanto os seus antepassados, porque essas mesmas tecnologias, permitem-lhe deslocar-se em poucas horas pelos vários continentes e assim espalhar rápidamente qualquer vírus, dando origem a pandemias.

Helena Augusto
TT 01-2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ANEDOTA OPORTUNA.
Um ministro português, recebeu em Lisboa um ministro angolano. Simpático, o ministro português convidou o outro a ir lá a casa. O ministro angolano foi e ficou espantado com a bela vivenda, localizada em bairro chiquérrimo e com piscina. Com a informalidade dos luandenses, pôs-se a fazer perguntas:
- Com um ordenado que não chega a cinco mil euros limpos, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministri português sorriu, disse-lhe que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim, respondeu o angolano.
- Pois ela foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90...disse o português, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro português foi de viajem a Luanda. O angolano quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa.Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas em cascata.
O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas!
O angolano levou-o à janela:
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não...!!!!
- Nem eu...


João Augusto 
ST-02/2009
João Aug

Portatil TMN

Olá Pessoal em especial do TT03
Já algum de vós que pediu computador da TMN o recebeu??
Obrigada
Otília Duarte

domingo, 10 de maio de 2009

Será mesmo " 1 pau de 2 bicos"?

Em relação ao comentário do colega Frederico,venho expressar a minha opinião,não sendo totalmente de acordo com o exposto.
Relativamente à Ajuda Humanitária no Terceiro Mundo, temos de ter em atenção que esta não deve ser apenas entendida para os países ditos do Terceiro Mundo, mas sim para todas as populações. É importante relembrar, que também em Portugal existem Associações que prestam Ajuda Humanitária aos mais desfavorecidos ( idosos; sem-abrigo;pessoas com deficiência...)e que por sistema a nossa sociedade tem tendência a ignorar.
Esses povos não tem outra meio se subsistência, sendo a ajuda internacional a unica forma de sobreviverem. Não vejo que os estejamos a acostumar mal, mas sim, que ainda é pouco o que fazemos por eles. É fácil calar, o que é dificíl é ensinar a falar. Os governos dos países desenvolvidos, se na realidade estivessem interessados em acabar com o sofrimento dos mais desfavorecidos empenhariam-se de uma outra forma, pois o armamento que é vendido e a exploração dos seus recursos, faz com que esses países não evoluam.

Ajudas Humanitárias "1 pau de 2 bicos"?

Todos sabemos que as ajudas humanitárias são a única réstia de esperança para milhares de almas que residem nos países apelidados de Terceiro Mundo. Os bens básicos como alimentação, vestuário e cuidados de saúde são muitas vezes a tão esperada salvação de homens, mulheres e crianças que convivem diariamente com a miséria extrema, doenças há muito erradicadas nos países mais desenvolvidos e as constantes guerras de origem étnica ou territorial que assolam os seus países. Mas será que estas ajudas têm apenas um lado positivo?
Ou será que estas boas intenções poderão, sem querer, ter um lado mais negro?
Não se estarão a acostumar mal estes povos, a subsistirem apenas das ajudas que lhes chegam dos quatro cantos do mundo?
E não se estará por um lado a prolongar o sofrimento destas milhares de famílias, ao enviar as ajudas, que muitas das vezes acabam por cair nas mãos de guerrilheiros, abastecendo-os e de certo modo "ajudando-os" a manterem-se para assim continuarem as suas guerras, repletas de histórias de carnificina a civis inocentes?
Estarão os países desenvolvidos a conseguir cumprir o seu objectivo de ajuda internacional ou estarão apenas a fazer com que a situação nos países desenvolvidos não "saia da cepa torta"?



Frederico Pereira Anacleto TT03