Entre a actualidade e os clássicos.
Gosto sempre de ler,e alguns com alguma piada, textos de autores da metade do séc. XIX , Eça de Queirós, Aquilino Ribeiro e Bordalo Pinheiro, que de humor sarcástico e certeiro eram uma espécie de consciência pesada da sociedade. Mais fantástico se torna quando transpomos essa realidade para a actual e constatamos que pouco ou nada mudou mas...será assim mesmo? Penso que as coisas que se tornam viciadas, corruptas, embrutecidas ou apáticas, a astenia, inércia, os conchavos e tantas outras coisas actuais e permanentes, e digo permanentes pois existiram em maior ou menor quantidade no passado como continuarão a existir. Nunca serão erradicadas e sobre isso quase que se pode fazer Futurologia. As coisas só mudam quando ganharmos consciência e agirmos em conformidade com a mesma, mais que o sentido crítico, pois este existe desde Eça e outros. A capacidade para mudar essa "sina", que nos parece perseguir ao longo dos séculos, é um trunfo que hoje temos e parece que não o usa-mos. Hoje existe informação a uma quantidade, qualidade e formato que nunca pesámos existir. E como a usamos para mudar o que criticamos? temos ferramentas sociais, politicas e até económicas para o fazer e acabamos a...? a ler os clássicos e a espantarmos-nos no pouco que evoluiu a sociedade portuguesa. Eu adoro Eça mas para além da agudeza critica do escritor sinto uma consciência pesada por muito dizer e pouco fazer.
Teresa Julião
Grupo TT03/08
quarta-feira, 9 de abril de 2008
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