terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Voluntariado e a Protecção Civil

Caros amigos e colegas muito boa tarde.
Dado estar ligado aos Bombeiros e à Protecção Civil, e saber do número elevado de consultas a estes documentos, pensei em escrever-vos um texto, que certamente gostarão de ler, e ao mesmo tempo, ficarem mais sensíveis ao tema em questão. Espero que gostem.





TEMA: O VOLUNTARIADO NA PROTECÇÃO CIVIL



Decorre da própria lei que a Protecção Civil é uma actividade desenvolvida pelo Estado e pelos cidadãos, com a finalidade de, por um lado, prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave, catástrofe ou calamidade, qualquer que seja a sua origem, por outro, de atenuar os seus efeitos e socorrer as pessoas em perigo, quando tais situações ocorrem.

Assim, a participação dos cidadãos é fundamental, pois devem colaborar na pressecução dos fins da Protecção Civil.

Uma das formas pela qual a sociedade civil se manifesta em relação à
protecção colectiva, prende-se com a participação em organizações de base voluntária, ligadas ao socorro e salvamento.

Voluntário é todo o cidadão que de forma livre e desinteressada, aceita realizar com responsabilidade, acções para o bem comum, em áreas como: Socorro, busca e salvamento, apoio logístico, telecomunicações de emergência, acolhimento de pessoas, identificação de vítimas, apoio psicológico, restabelecimento de serviços essenciais, etc, etc.

É extremamente importante para a eficiência do trabalho voluntário, para além da boa vontade, abnegação e generosidade, a competência técnica e as competências individuais das pessoas, e a sua capacidade de trabalharem em equipa.

É efectivamente essencial a colaboração de voluntários de protecção civil, quer individuais, quer integrados em Associações, cuja actividade se irá desenvolver de forma complementar e subsidiária às competências próprias dos agentes de protecção civil, e das instituições que com eles tem especial dever de cooperação.

Em Portugal o Associativismo e o Voluntariado, é uma das áreas de actividade mais antigas, e de grande expressão Nacional.




Ela tem sido manifestada ao longo de décadas, em vários domínios de onde sobressaem: a acção social, a saúde e a protecção civil.

No âmbito da acção social e da saúde, surgiram desde o início, muitas instituições representadas hoje pelas Misericórdias e Mutualidades.
Estas instituições, tem-se desenvolvido, e hoje, no nosso País, ultrapassam as quatro mil.
No que respeita à protecção civil, continuam hoje a desenvolver-se as Corporações de Bombeiros Voluntários, que nascendo das comunidades locais, face à incapacidade do Estado para as proteger, prestam relevantes serviços à população portuguesa, substituindo a responsabilidade do Estado, face a essa protecção colectiva.

Hoje, cada vês se torna mais necessário, que os Serviços Municipais de Protecção Civil, possuam listagens, com as disponibilidades humanas e materiais, dos múltiplos sectores da sociedade civil, das suas áreas de acção, pois em caso de acidente grave, catástrofe ou calamidade, seguramente contribuirão para um melhor desempenho na prestação do socorro e actividades de apoio ao mesmo.

Qualquer sociedade moderna e humanizada, não pode prescindir do seu voluntariado, porque a sua participação é espontânea, directa e incondicional. Por isso muitas organizações antigas de voluntariado, constituem hoje, instituições de solidariedade social ou outro tipo de instituições que prestam relevantes serviços às comunidades.

Estou convicto, que assim será cada vês mais, pois o voluntariado sempre esteve ligado à protecção civil e é certamente indispensável que tal continue a ser no futuro, obviamente respeitando regras próprias.


Fernando da Silva Barão dos Santos - TT 01

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