TT-02
Poema que dedico a todos os jovens presos na Droga na esperança que um dia encontrem a liberdade e o amor que procuram.
Olhos fixos no além, expressão triste que te envolve, sentimentos melancólicos que te consomem dos quais te queres livrar, fugir de tudo que te prende. Sentes-te mal, perdido, desolado, desencaixado numa sociedade estranha que tu não entendes e não és entendido, mas sim sempre perseguido por pensamentos desconhecidos que te fazem chorar.
E escondes-te por detrás de um consumo desenfreado, do anjo negro feito de pó que por heroina do destino é branco, que te lava a mente e te come a carne, e por momentos na escuridão crias uma paz que se desfaz nesse teu universo sombrio, que te consome e polui a teu alma. Palavras que mexem contigo, emoções geradas no frio do teu imaginário que te forçam a viver emoções, situações que geram apenas confusões, das quais queres fugir e voltas de novo a te iludir.
Sem entender as teus demónios internos e externos, que num mar de sugestões sem nexo e sem sentido fazem de ti um ser perdido nas mãos desse inimigo, vazio e frustado que apenas te quer ao seu lado. E corres, corres e foges num corrupio frio que te envolve todo o teu ser e te sentes perdido, possuído de um mal que não entendes mas que o sentes.
E tudo te vem a cabeça, e a loucura te envolve em momentos de tristeza que te engole a Alma e esse aperto no peito que te deixa uma tristeza profunda, para a qual não tens explicação porque não existe razão no teu ser para o que estás a sentir. E bramas aos céus a um Deus que não entendes, e enterras-te num inferno que se apoderou da tua alma. Levantas a mão bem alto como ultimo momento de salvação aguardando um irmão que não chega, e com lágrimas nos olhos sentes a perdição que se apodera de ti. Emoções descontroladas, medos incompreendidos, situações envolventes em correntes que tu sentes, e tudo o que fazes corre-te mal, e a saliva que gastas com quem julgas que te ama, mas apenas te envolve numa prisão cujas grades invisíveis te cortam a alma, e te refugias em pensamentos de liberdade cujo dia nunca chega, e esperas sempre que o amor, te encontre num dia ao acaso em que sentado estás, no teu momento privado esperando que se denuncie num sorriso apaixonado.
E os dias vão passando e continuas a sonhar um sonho que te alimenta a alma, numa luz distante que procuras alcançar. O amor, essa luz que nos faz cintilar e os nossos olhos brilhar numa escuridão existente, mas que se vê ao longe a Luz da gente que sente esse amor presente.
Autor
Carlo Ferreira
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
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